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A Energia das Ervas

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Página Inicial

ERVAS DOS ORIXÁS

Primeiramente deve-se esclarecer que, em Umbanda, sob a denominação de erva, agrupam-se vários aspectos da morfologia dos vegetais; assim, folhas de árvores, cascas de árvores, raízes, sementes, flores, seiva, bem como as próprias ervas em espécie são todos designados genericamente como “ervas”

Isso esclarecido, vale dizer que os vegetais, como organismos vivos, encontram-se sujeitos aos aspectos vibratórios que regem todo o universo. Vale dizer: os vegetais, assim como nós, estão sob a regência de um ou mais orixás.

Esse conhecimento é importante para o umbandista, porque permite que se utilize o vegetal certo nas diversas situações em que esses são demandados, tais sejam banhos de harmonização, infusões reenergizantes, uso em firmezas, preparação de amacis para a confecção de guias, entre tantas outras.

Neste artigo apresentaremos uma relação dos principais vegetais que podemos utilizar no dia-a-dia de nossos trabalhos, identificando a vibração regente de cada um, bem como seus nomes científicos, princípios ativos e aspectos para os quais são indicados, incluindo o uso medicinal, lembrando que quando se trata de uso medicinal, nada deve ser feito sem a prévia consulta a um médico.

Além disso, nunca é demais lembrar que algumas ervas podem ser tóxicas, carregando em si princípios ativos muitas vezes letais. Mesmo aquelas que não apresentam toxidade podem sempre desencadear processos alérgicos em pessoas mais sensíveis, por isso aconselhamos o manuseio sempre sob orientação.

Uma observação importante é que o número de ervas sob a regência de cada orixá é muito elevado, dada a diversidade vegetal do planeta, por isso, procuraremos citar as mais comuns e também mais fáceis de serem encontradas.

 


ÍNDICE

Clique no nome do Orixá cujas ervas deseje pesquisar.

Oxalá

Ogum

Xangô

Oxóssi

Obaluaê

Yemanjá

Oxum (em construção)

Iansã (em construção)

Nanã Buruquê (em construção)

Yorimá (Pretos-Velhos) (em construção)

Yori (Crianças) (em construção)

Exus/Pomba-Giras (em construçâo)

 ___________________________________________________________________________

ERVAS DE OXALÁ:

São plantas regidas pelo Sol, também ditas plantas solares. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva se forem colhidas em um domingo e dentro das horas planetárias do Sol.

  • Girassol

Nome científico: helianthus anuuus.

Nomes populares: girassol.

Partes utilizadas: folhas, flores, sementes e caule.

Utilização: é utilizado na alimentação, seja para fabricação de óleo comestível, seja como comida de pássaros de corte ou de criação (sementes), ou na produção de ração para o gado. Também na produção de diesel costuma-se usar a semente do girassol. Além disso, suas flores ainda são usadas para ornamentação e para a produção de mel.

- medicinal:: não há relato de utilização medicinal.

- caseira: alimentação de pássaros e ornamentação.

- cosmética: não há relatos de seu uso na cosmética.

- culinária: presentemente aparece na culinária apenas sob a forma de óleo, mas já fez parte da dieta dos índios sul-americanos

- magia: o girassol é um símbolo de fama, sucesso, sorte e felicidade e pode ser utilizado para atrair essas coisas.

Na ritualística:  perfeito para a ornamentação de altares, uma vez que evoca Oxalá. Na preparação de banhos ou amacis devem ser usadas as flores ou as folhas.


  • Alecrim

Nome científico: Rosmarinus Officinalis.

Nomes populares: alecrim, alecrim de jardim e alecrim rosmarinho.

Partes utilizadas: hastes e folhas.

Utilização: possui vasta utilização que vai desde tempero, até a produção de perfumes em escala industrial, devido a ser rico em taninos, óleo essencial e cânfora.

- medicinal:: A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante às pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide.

Uma tosse insistente desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.

Tem ação desinfectante e aromática. É ainda relaxante muscular, ativador da memória e fortalece os músculos do coração. Cientistas dizem que ramos de alecrim deveriam ser dependurados em oficinas e áreas onde crianças fazem tarefas escolares para um melhor funcionamento da memória.Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Toma-se depois das refeições

- caseira: é comumente cultivado em jardins como planta ornamental e aromática, sendo ainda muito utilizado para chás e temperos.

- cosmética: utilizado em escala industrial para a confecção de perfumes. Seu aroma é bastante agradável.

- culinária: muito utilizado como tempero, fresco ou seco, na preparação de carnes (principalmente de porco) e aves, além de salsichas, linguiças e batatas assadas. Na preparação de churrascos, aconselha-se espalhar uma boa porção sobre as brasas, a fim de aromatizar a carne. 

- magia: por ser considerado energético, o alecrim é indicado para tornar mais pura a vibração dos ambientes, além de trazer disposição e capacidade de concentração às pessoas.

Na ritualística: é um dos componentes essenciais na preparação de incensos e defumadores, devido a sua capacidade de espalhar bons fluidos no ar. Pode também ser utilizado em banhos de harmonização, principalmente para renovar as energias, acalmar, e favorecer a concentração.

 

  • Poejo

Nome científico: Mentha Pulegium.

Nomes populares: poejo, menta selvagem, erva de São Lourenço.

Partes utilizadas: folhas, talo e flores.

Utilização: é geralmente utilizado como digestivo, expectorante e antiespasmódico. Em uso tópico é bom cicatrizante e antiséptico. Isso devido a seu óleo essencial e taninos, além da carvona, pulegona e mentol.

- medicinal:: “Planta utilizada para aliviar azia, fraqueza estomacal, enjôos, má digestão, flatulências, cólicas abdominais, nervosismo, fermentação e inflamação intestinal, insônia, irregularidades menstruais, tosses catarrais. É um excelente coadjuvante para estados gripais. Infusão é feita na proporção de 2 colheres de sopa para um litro de água fervente, tomar 3 xícaras por dia. A ingestão da planta também é indicada no combate a vermes intestinais. Um escalda pés de poejo também é excelente para alívio da gripe e resfriados.”

- caseira: “Aplicado sobre picadas de insetos ajuda a aliviar a dor; bom repelente para traças. Uma cama de poejo na casa dos animais ajuda a afastar as pulgas. Bom repelente de insetos. Perfuma sachês e potpourris.”

- cosmética: “O poejo presta-se a um delicioso banho estimulante. Ferva 100 gs de folha em 2 litros de água por 10 minutos. Coe e dissolva 2 colheres de sal grosso. Acrescente à banheira.”

- culinária: “Chás refrescantes de verão e também usado nos molhos de mentas para acompanhar carnes de carneiro e ovelha”

- magia: “Usado nas viagens dentro dos sapatos, evita enjôos de ar e mar. Erva da paz. Plantada perto da casa acaba com as brigas. Traz saúde e alegria para as famílias. Boa para proteção.”

Na ritualística: Pode ser utilizado em banhos de harmonização e também na preparação de amacis para lavagem de cabeça, ou confecção de guias.

Obs.: deve-se evitar o consumo em grande quantidade, pois pode produzir ação paralisante sobre o bulbo raquideano.


Hortelã

Nome científico: Mentha Spicata.

Nomes populares: hortelã comum, hortelã das hortas, hortelã das cozinhas, hortelã, menta.

Partes utilizadas: folhas e sumidades floridas.

Utilização: há uma vasta utilização para a hortelã, que vai desde a culinária, como tempero em pratos doces ou salgados, até o uso medicinal, onde tem amplo espectro de ação em várias áreas.

- medicinal:: “O chá de hortelã é indicado para tratamento de gripes e má digestão. O gargarejo alivia dores de garganta. Pode aliviar, também, picadas de insetos. Muito boa contra ânsia de vômitos Ela ajuda a purificar o organismo, limpar o tubo digestivo, eliminar toxinas, diminuir a temperatura do fígado, acalmar e garantir uma boa noite de sono.”

- caseira: Condimenta doces, legumes, saladas, carnes e licores. É mais conhecido por ser consumido em chá.

- cosmética: Muitos são os usos da hortelã na cosmética, por seu aroma , refrescância , tonificante e adstringencia. É usada em shampoos, pois o extrato vegetal de hortelã é aromatizante e possui propriedades que tonificam os tecidos do couro cabeludo. Também para a pele, contra irritações em aplicações locais. Além disso pode ser usada no ambiente, pois perfuma o local, se  usada em forma de óleo essencial

- culinária: “As muitas variedades de hortelã podem ser usadas tanto em pratos doces como em salgados. É amplamente utilizada pela cozinha da Turquia, do Oriente Médio e do Vietnã. Entra no preparo de molhos e geleias para acompanhar cordeiro, batatas, ervilhas ou cenouras e chás, carne de porco e saladas de folhas. É ingrediente indispensável do tabule, prato à base de trigo típico da cozinha árabe. Na Turquia, no Líbano e em Israel é cozida junto com iogurte e com alho e é o principal tempero do kebab, cordeiro grelhado. No Vietnã, as folhas frescas acompanham quase todos os pratos. A hortelã seca é usada para temperar coalhadas e rechear pastéis e legumes como berinjela, pimentão e tomate. No Ocidente é usada para aromatizar licores, manteigas, doces, sobremesas, sorvetes e chocolates.

- magia: o banho de hortelã tem o condão de nos dar coragem e ajudar a vencer o medo. Além disso, acredita-se que a energia contida no prana da hortelã atue sobre o chácra do cerebelo, auxiliando àqueles que desejam ter lembranças de vidas passadas.

Na ritualística: o emprego ritualístico da hortelã está reservado aos banhos de purificação e de harmonização, além dos amacis de cabeça e de guias.

 

  • Arruda

Nome científico: Ruta Graveolens

Nomes populares: arruda-fedida, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, ruta-de-cheiro-forte

Partes utilizadas: talos e folhas.

Utilização: tem uso medicinal e de caráter mágico. Uso caseiro para lavar animais domésticos

- medicinal:: a medicina popular indica como tratamento para atrasos de menstruação, mas é necessário muito cuidado porque ela também pode ser abortiva. Suas folhas são utilizadas como chá com fins calmantes. Na forma de infusão (20 gramas para um litro de água), ou empregando-se as folhas secas em pó, combate os piolhos.

- caseira: Arruda é bom para refrescar as vistas que estão irritadas. Basta socar um galhinho de arruda no fundo do copo e encher o copo de água gelada e ir pingando nos olhos aos poucos com ajuda de um algodão. Como o poejo, é excelente para lavar os animais domésticos, para acabar com as pulgas e é inofensiva aos bichos. É utilizada também para combater a sarna. Infusão com 4 colheres de sopa da erva em 1 litro de água. Seus ramos atuam como repelente de ratos.

- cosmética: não há usos cosméticos relatados.

- culinária: pode ser usada como tempero para carnes.

- magia: Uma crença popular de raiz africana, remontando aos tempos coloniais, dita que os homens usem um pequeno galho de folhas por cima de uma orelha, ou que um galho das mesmas seja mantida no ambiente, para espantar maus espíritos. Desde a antiga Grécia, era usada para afastar doenças contagiosas. Os escravos africanos usavam-na contra mau-olhado. A igreja, no início da era cristão, fazia raminhos de arruda para espargir água-benta nos fiéis

Na ritualística: Na ritualística de Umbanda costuma ser usada por Caboclos, Pretos-Velhos e Exus na aplicação de passes, principalmente de dispersão e de descarrego. Além disso, é excelente para banhos de descarrego e está presente na preparação de amacis para a cabeça e para as guias.

Obs.: Em qualquer caso, a ingestão da arruda deve ser feita com orientação e com muita parcimônia, pois seu uso excessivo pode ocasionar hemorragias. Também não deve ser ingerida em nenhuma hipótese por mulheres grávidas, devido à acentuada probabilidade de aborto.

 

  • Erva-Cidreira

Nome científico: Melissa Oficinalis.

Nomes populares: erva-cidreira, erva-luísa, limonete, melissa, salva do brasil, cidrilha.

Partes utilizadas: parte aérea (folhas) e óleo essencial.

Utilização: tem uso caseiro, como a preparação de chás e também medicinal com múltiplas funções terapêuticas.

- medicinal:: “considerada uma panaceia com propriedades rejuvenescedoras, tal a gama de suas ações. Paracelso a considerava "o elixir da vida". Parece ter efeito calmante e revitalizante sobre a mente. É um calmante, antidepressivo, antialérgico (embora possa irritar peles sensíveis), digestivo, revigorante, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero, tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico, antivômitos. Tem grande afinidade para o organismo feminino, onde, além de regular as menstruações, tranqüiliza e relaxa em casos de cólicas, tem efeito tônico no útero e, às vezes, pode ajudar em casos de esterilidade.”

- caseira: preparação de chás e remédios caseiros para regulação de menstruação e alívio de cólicas. Acredita-se ainda que ela possua efeitos calmantes e sedativos. É usada também como repelente de insetos.

- cosmética: não há relatos de usos cosméticos.

- culinária: “A erva-cidreira é muitas vezes usada como aromatizante em sorvetes e chás quentes e frios, frequentemente em combinação com outras ervas como a hortelã. Erva-cidreira também é utilizada na culinária com pratos de frutas e doces.”

- magia: “o incenso de erva cidreira confere felicidade e sucesso, ajuda a encontrar o verdadeiro amor, e combate a timidez e a falta de autoconfiança.”

Na ritualística: a erva cidreira pode ser utilizada na preparação de amacis para banhos de cabeça, ou para a imersão de guias.

 

  • Laranjeira

Nome científico: Citrus Sinensis

Nomes populares: laranjeira, laranja doce.

Partes utilizadas: frutos, folhas e flores.

Utilização: possui variadas utilizações na culinária, na medicina, para a produção de alguns remédios, na cosmética e na magia.

- medicinal:: possui propriedades analgésicas, anti-helmínticas, anti-hemorrágica, antirreumática, antitérmica, calmante do sistema nervoso, digestiva, diurética, reguladora intestinal, laxante, estimulante, entre outras. Sua indicação abrange o tratamento de avitaminose c, dores ciáticas, epilepsia, moléstias nervosas, nefrite, prevenção de gripes e resfriados, anemias e restauração do fluxo menstrual.

- caseira: na preparação de chás e sucos

- cosmética: na preparação de cremes e loções para a pele.

- culinária: possui os mais diversos usos, que vão desde o consumo do próprio fruto, passando pela utilização da casca para a preparação de doces e chegando ao uso do suco para a preparação de molhos, temperos, e chás.

- magia: a laranjeira está associada em magia aos aspectos financeiros e econômicos em geral, por isso quase toda magia utilizada para melhorar de vida emprega flores de laranjeira.

Na ritualística: a utilização das folhas ou flores de laranjeira está ligada aos banhos de harmonização e à preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Jasmim

Nome científico: pertence ao gênero “Jasminum Oficinalli L.” referente à flor branca, pois existem 537 espécies diferentes.

Nomes populares: jasmim branco, jasmim da Espanha, jasmim da China, jasmim da Itália.

Partes utilizadas: flor e folhas.

Utilização: pode ter aplicações medicinais, culinárias, mágicas e decorativas paisagísticas.

- medicinal:: o jasmim é conhecido por suas propriedades antidepressivas e estimulantes. Além disso, também é indicado para o alívio de cãibras e espasmos musculares

- caseira: bastante cultivado na jardinagem por sua beleza e por seu aroma intenso. Produz também um delicioso chá.

- cosmética: o óleo é maravilhoso para peles sensíveis ou maduras. Na sua Índia natal, as flores de jasmim, misturadas a óleo de gergelim, são aplicadas a abscessos e feridas difíceis de curar. Um preparado semelhante pode ser feito acrescentando duas gotas de essência de jasmim a 30 mililitros de óleo vegetal.

- culinária: bastante utilizado na culinária oriental, principalmente para a produção de chá. Na tradição chinesa, o chá de jasmim é um dos mais tradicionais acompanhamentos da refeição.

- magia: é um eficiente purificador de ambientes, evitando a entrada de maus fluidos. Por essa razão é eficiente para evitar brigas de casais. Na Índia é entendido como uma flor ligada ao carma e aos processos evolutivos espirituais.

Na ritualística: a erva pode ser utilizada nas firmezas de Oxalá (as flores) e também em banhos de harmonização e preparação de amacis, tanto de cabeça, quanto de guias (nesse caso, flores ou folhas).

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ERVAS DE OGUM:

São plantas regidas por Marte, também ditas ervas marcianas. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva se forem colhidas num dia de terça-feira, preferencialmente dentro das horas planetárias do planeta Marte.


  • Espada de São Jorge

Nome científico: Sansevieria trifasciata

Nomes populares: espada de São Jorge, rabo de lagarto, língua de sogra.

Partes utilizadas: folha.

Utilização: sua principal utilização é ornamental, já que é largamente cultivada em jardins e muito apreciada por sua resistência e adaptação a qualquer solo. Também tem utilização em trabalhos de magia.

- medicinal:: não foram encontrados relatos de uso medicinal.

- caseira: utilizada principalmente como decoração em jardins ou vasos, mas também como protetor espiritual, por suas qualidades contra o mau olhado.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso em cosmética.

- culinária: não foram encontrados relatos de uso em culinária.

- magia: considerada excelente escudo contra vibrações negativas, tais sejam inveja, mau olhado, ciúme, enfim toda a gama de vibrações de baixíssima frequência que se deseja afastar do ambiente doméstico. É utilizada com essa finalidade, plantada em vasos que ficam na entrada da residência ou estabelecimento comercial. Pode também ser usada cruzada atrás das portas de entrada.

Na ritualística: É amplamente utilizada nas entradas das casas de Umbanda, com o objetivo de filtrar vibrações negativas. Além disso é comum que caboclos (principalmente os de Ogum) e Pretos-Velhos a utilizem na aplicação de passes de descarrego.

 

  • Losna.

Nome científico: Artemísia Absinthum

Nomes populares: absinto, amargosa, losma, alvina, sintro e vermute

Partes utilizadas: talo, folhas e flores.

Utilização: possui utilização doméstica na preparação de chás, grande número de usos medicinais e também utilizações mágicas.

- medicinal:: possui propriedades anti-helmínticas, antibacterianas, antidepressivas, anti-inflamatórias e antissépticas. Ajuda no aumento das secreções de bílis no fígado. É também usada para combater nematelmintos e vermes. É ainda um analgésico de efeito alucinógeno. Por seu sabor amargo, pode ser usada como tônico digestivo. É ainda, em pequenas quantidades, um estimulante do cérebro.

- caseira: usada em forma de unguentos para aliviar contusões, picadas de insetos e ainda para combater piolhos e sarna.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético.

- culinária: é utilizada como tempero de aves e peixes, além de ser também adicionada a algumas bebidas.

- magia: a erva seca pode ser utilizada para defumações, já que sua fumaça age como um purificador do ar.

Na ritualística: reservada a banhos de purificação e preparação de amacis de cabeça e de guias.

Obs.: deve-se ter muito cuidado na utilização da losna, pois em grandes quantidades ela pode ser bastante tóxica. A erva era o principal componente da bebida chamada absinto que é proibida em grande número de países por seu poder altamente viciante e seu altíssimo teor alcoólico.

 

  • Romã

Nome científico: Punica Granatum.

- Nomes populares: romã.

- Partes utilizadas: fruta, folhas, casca do fruto, raiz.

- Utilização: tem utilizações na medicina, em receitas caseiras e na magia.

- medicinal:: a romã é conhecida principalmente como um potente tenífugo. O chá feito com as folhas de romã é usado na medicina contra irritação nos olhos, e o chá produzido com as cascas dos frutos, para tratamento, na forma de gargarejo, de infecções de garganta. Esse mesmo chá é utilizado no combate às helmintoses.

Em diarréias e disenterias crônicas, o chá das cascas da raiz da romãzeira é frequentemente usado em combinação com tintura de ópio.

- caseira: sob a forma de chá, adicionado de sal para fazer gargarejos destinados a curar infecções de garganta

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético.

- culinária: no Oriente Médio, a romã é utilizada na preparação de pratos salgados, como almôndegas, peixes recheados e em saladas juntamente com berinjela.

- magia: a romã é uma fruta mágica desde sempre. Seu culto remonta aos rituais pagãos da antiguidade. Está associada ao amor e à prosperidade e aparece em várias mitologias, inclusive na Bíblia em algumas citações. No Brasil é comum se comerem sementes de romã nas festas de ano novo, bem como guardar sete sementes dentro da carteira, com o objetivo de garantir bastante dinheiro ao longo do ano que se inicia.

Na ritualística: a fruta pode compor as firmezas de Ogum e as folhas podem fazer parte do amaci para confecção de guias.

 

  • Comigo-ninguém-pode.

Nome científico: Dieffenbachia seguine

Nomes populares: comigo-ninguém-pode, aninga do Pará

Partes utilizadas: não ocorre a utilização de partes, devido a sua toxidez.

Utilização: é uma planta tipicamente ornamental, mas possui usos mágicos.

- medicinal:: não há relatos de uso medicinal.

- caseira: uso ornamental e como protetor espiritual.

- cosmética: não há relatos do uso em cosmética.

- culinária: a planta não é utilizada na culinária, devido a sua toxidez.

- magia: é conhecida como um escudo fluídico, sendo considerada excelente para afastar mau olhado e vibrações de inveja, ciúme, ódio, enfim qualquer tipo de energia negativa que penetre o ambiente em que a planta se encontra.

Na ritualística: a utilização deve ser restrita ao uso na preparação de amacis de guias, mas mesmo assim deve ser manipulada com absoluto cuidado.

Obs.: Comigo-ninguém-pode é uma planta que segrega cristais de oxalato de cálcio, bastante tóxico que pode levar a queimaduras, inchaço da garganta e até à morte por asfixia, por isso seu uso é bastante restrito e aconselha-se que seja mantida fora do alcance de crianças e de animais domésticos.

 

  • Jurubeba.

Nome científico: Solanum paniculatum L.

Nomes populares: jurubeba, jurubeba do sul, velame.

Partes utilizadas: folhas, frutos e raízes.

Utilização: é comumente usada na culinária, seja por seus frutos, seja por seu caule que serve para fazer aperitivos. Tem também utilização medicinal e a planta figura entre os exemplares da farmacopeia brasileira.

- medicinal:: produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. “As raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia.”

- caseira: como alimento, pois seus frutos amargos são bastante apreciados e ainda na preparação de aperitivos. É também um eficiente remédio caseiro para as ressacas.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética.

- culinária: é comum encontrar as frutinhas em conserva e também são utilizadas em algumas receitas de arroz e de camarão.

- magia: não é planta de grande utilização mágica, sendo usada apenas em algumas simpatias femininas com o objetivo de arrumar namorado, ou marido.

Na ritualística: seu uso pode se dar em banhos (feito com as folhas), amacis de cabeça ou de guias (também folhas) e as frutas ainda podem compor a firmeza de Ogum.

 

  • Erva de Bicho

Nome científico: Polygonum Persicaria

Nomes populares: erva de bicho, pimenta d’água, pimenta do brejo, persicária, capiçoba,

Partes utilizadas: caule, folha, flor e fruto

Utilização: sua utilização é principalmente medicinal, tanto em tratamentos caseiros como farmacológicos.

- medicinal:: Anti-inflamatório, analgésico, estimulante, vermicida. Usada no tratamento de hemorroidas externas e internas, varizes, diarréias e ulceras. Adstringente, vaso constritor, hemostático, cicatrizante, anti-inflamatório e diurético.

- caseira: preparação de chás e emplastros com funções medicinais.

- cosmética: não há relatos de uso medicinal da erva de bicho.

- culinária: não há relatos de uso culinário da erva de bicho.

- magia: seu uso mágico parece se restringir às utilizações na Umbanda e no Candomblé.

Na ritualística: utilizada em banhos e na preparação de amacis, tanto de cabeça, quanto de energização de guias.

 

  • Erva Macaé

Nome científico: Leonurus Sibiricus

Nomes populares: macaé, joão magro, marroio, quinino dos pobres, mané magro, lavantina, mané-turé, rubim, pau-pra-tudo.

Partes utilizadas: folhas e flores.

Utilização: tem utilizações medicinais e caseiras, sendo que essas duas se confundem no que diz respeito à medicina caseira. Além disso tem utilizações mágicas e ritualísticas.

- medicinal:: vem sendo feitas pesquisas no sentido de produzir um novo analgésico.

- caseira: é usada sob a forma de chá para grande numero de indicações, tais como: diurética, estimulante da circulação e do útero, normalizadora da pressão sanguínea, reguladora da menstruação. Também é considerada efetiva contra infecções bacterianas e fungais. A erva é usada interiormente para problemas de visão relacionados ao fígado, menstruação dolorosa e excessiva, sangramento pós-parto, edema, problemas renais, pedras renais, eczema, e abscessos.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária.

- magia: é tradicionalmente usada por algumas tribos indígenas sul-americanas, para induzir efeitos de euforia com fins ritualísticos.

Na ritualística: pode ser utilizada nas firmezas do Orixá Ogum, além de se prestar a banhos e amacis, tanto de cabeça, quanto de guias.

Obs.: trata-se de uma erva que possui efeitos narcotizantes similares ao do THC, por isso em alguns lugares ela vem sendo fumada para substituir a maconha. Recomenda-se cuidado em sua ingestão.

 

  • Erva Cinco Folhas.

Nome científico: Penax Quinquefolium

Nomes populares: Azougue-dos-pobres, braço-de-preguiça, barba-de-São-Pedro, panaceia e tarumã.

Partes utilizadas: folhas e raízes.

Utilização: tem usos medicinais homeopáticos e também usos medicinais caseiros.

- medicinal:: a homeopatia indica a erva como eficiente para o tratamento de dores de cabeça, reumatismos e de sífilis.

- caseira: na medicina caseira é usada sob a forma de chá, como diurético, emagrecedor, em moléstias do útero, da bexiga e da uretra,

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária.

- magia: as utilizações mágicas se resumem ao uso ritualístico na Umbanda e no Candomblé.

Na ritualística: usada na preparação de banhos e de amacis, tanto de cabeça, quanto de guias.

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ERVAS DE XANGÔ:

São plantas regidas por Júpiter, também ditas ervas jupiterianas. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva, se forem colhidas num dia de quinta-feira, preferencialmente dentro das horas planetárias do planeta  júpiter.

 

  • Café

Nome científico: Caffea Arabica

Nomes populares: café.

Partes utilizadas: folhas e frutos.

Utilização: possui utilizações medicinais e caseiras. Na culinária aparece de diversos modos e na magia também é utilizado desde tempos imemoriais.

- medicinal: é indicado medicinalmente para aumentar o metabolismo, como digestivo, pois aumenta a secreção do ácido clorídrico, no combate à asma e à bronquite, para baixar a glicose, para combater cansaço mental, contra cólicas em geral, para dores de cabeça em geral, contra resfriados, contra diarreias, como estimulante do sistema nervoso.

- caseira: é uma bebida tipicamente brasileira, apreciada nas mais diversas ocasiões. Bebida cultural, para ser oferecida a visitas, para ser ingerida ao despertar, enfim com os mais diversos usos.

- cosmética: não foram encontrados relatos de usos cosméticos.

- culinária: além do cafezinho do dia-a-dia, a fruta ainda está presente na preparação de drinks, licores, doces, balas e sobremesas requintadas

- magia: existem muitas utilizações mágicas do café. Talvez a mais conhecida seja a da leitura da sorte através da borra do café coado; tradição trazida pelos árabes e preservada ainda hoje em diversos lugares.

Na ritualística: é comumente consumido (sem açúcar) pelos pretos velhos, durante os trabalhos de atendimento. Além disso, a fruta pode compor as firmezas de Xangô e as folhas são utilizadas em banhos e amacis de cabeça e de guias.

 

  • Limão.

Nome científico: Citrus Limon.

Nomes populares: limão.

Partes utilizadas: folhas, flores, frutos e casca.

Utilização: possui uma ampla gama de utilizações que vão desde o suco refrescante caseiro, até utilizações medicinais e cosméticas.

- medicinal: fonte inquestionável de vitamina C, eficiente no tratamento de gripes e resfriados, auxiliar na formação óssea, principalmente dos dentes, anti-hemorrágico, excelente na cicatrização, depurador do sangue, mantém o equilíbrio interno do organismo e do sistema nervoso, eficiente no tratamento de icterícia e de diabetes, além de muitas outras propriedades medicinais. 

- caseira: produz um delicioso suco, além de chá usado para tratamento de resfriados. Pode ser utilizado em receias para tratamento de afecções da pele, como cravos e acnes. Usado também como desodorante natural e com eficiência em tratamento do couro cabeludo, principalmente no combate à caspa.

- cosmética: a essência retirada da casca é utilizada na indústria de perfumaria e também na produção de sabonetes e shampoos.

- culinária: possui usos os mais variados. O limão contribui com o gosto da maioria dos alimentos, por isso é largamente utilizado como tempero e na preparação de molhos para acompanhar diversos tipos de pratos. Usado em doces, como pudins e mousses, além de licores e drinks diversos.

- magia: sua utilização na magia é tão vasta que se torna difícil enumerar. É utilizado em simpatias e rituais mágicos ao redor de todo o mundo.

Na ritualística: o fruto e as folhas podem compor as firmezas de Xangô e as folhas se prestam a banhos de harmonização e à preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Lírio

Nome científico: flores do gênero Lilium em geral, pois existem mais de cem espécies.

Nomes populares: lírio em geral, porque também os nomes populares são extremamente variados.

Partes utilizadas: folhas e flores.

Utilização: a diversidade de espécies faz com que haja vasta gama de utilizações, contudo é bastante complexo detalhar as utilizações, tanto pela quantidade exacerbada, quanto pelo fato de que algumas espécies são também bastante tóxicas

- medicinal: várias espécies apresentam propriedades medicinais. Deixamos por razões práticas de mencionar as respectivas propriedades.

- caseira: a única utilização caseira segura e que pode ser praticada por qualquer pessoa é como planta ornamental, pois a beleza das flores é incontestável.

- cosmética: há espécies com utilização cosmética, mas também por razões práticas deixamos de mencionar as utilizações específicas.

- culinária: segundo a bibliografia especializada, em alguns estados, algumas espécies são comidas e bastante apreciadas, mas desaconselhamos expressamente essa experiência gastronômica sem conhecimento aprofundado da erva.

- magia: as únicas utilizações mágicas encontradas são aquelas presentes na ritualística de Umbanda.

Na ritualística: a flor pode ser utilizada na firmeza de Xangô e tanto as flores como as folhas podem ser usadas na preparação de amacis de guias.

Obs.: A diversidade de espécies popularmente conhecidas como lírio abrange inclusive flores que não são lírios de fato. Algumas dessas espécies possuem alcaloides que podem ser altamente tóxicos e conduzir até mesmo à morte. Por essa razão, aconselhamos apenas duas utilizações ritualísticas da planta. Nem mesmo para banhos aconselhamos, porque notoriamente algumas toxinas podem ser absorvidas pela pele. Nosso conselho é no sentido de que o leigo não utilize lírios para quaisquer finalidades que envolvam a ingestão, a inalação ou o contato com a pele.

 

  • Erva Moura.

Nome científico: Solanum Nigrum.

Nomes populares: arrebenta-cavalo, aguaraquiá, aguaraquiá-açu, araxixu, caaxixá, caraxixu, erva-noiva, guarataquiginha, guaraquim, pimenta-de-cachorro, pimenta-de-galinha, pimenta-de-rato.

Partes utilizadas: folhas e frutos.

Utilização: possui utilizações medicinais mágicas e ritualísticas, além do fruto que pode ser ingerido.

- medicinal: indicada para tratamento de algumas afecções do trato genital feminino, especialmente para aliviar coceiras na vulva e no ânus.

- caseira: o fruto maduro (e exclusivamente maduro) pode ser ingerido.

- cosmética: não foram encontrados relatos de aplicações cosméticas da erva.

- culinária: a única indicação encontrada diz respeito ao fruto maduro que pode ser ingerido e que alguns consideram saboroso.

- magia: suas folhas e flores são utilizadas na preparação de incenso para combater miasmas.

Na ritualística: as folhas podem ser usadas para a preparação de amacis de guias.

Obs.: A erva-moura possui um princípio ativo (solanina) bastante tóxico e que, segundo alguns pode causar intoxicações sérias e até mesmo levar à morte, por isso, não aconselhamos seu uso ostensivo para banhos ou amacis de cabeça. Da mesma forma, as utilizações medicinais e o consumo do fruto não são aconselhados, a menos que indicados por profissional com preparo técnico para tanto.

 

  • Aperta Ruão.

Nome científico: Piper xylosteoides.

Nomes populares: aperta-ruão, pimenta longa, jaborandi do mato, tapa-buraco, erva de jabuti  e pimenta de macaco.

Partes utilizadas: folhas, flores e frutos.

Utilização: possui utilização medicinal e ritualística.

- medicinal: Propriedades medicinais: adstringente, antiofídico, diurético, tônico do útero. É indicado em casos de blenorragia crônica, cistite, diarreia, disenteria, ferida crônica, fígado, hemorragia, hemorroida, inflamação, mal estomacal, mau hálito, obstrução, queda de cabelos,  úlcera externa, uretrite.

- caseira: suas utilizações caseiras se confundem com as medicinais, já que seu uso medicinal se dá principalmente na terapia doméstica.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da erva.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização da erva na culinária.

- magia: os usos na magia se restringem aos da ritualística de Umbanda e Candomblé.

Na ritualística: pode ser utilizado em banhos e amacis de cabeça e de guias.

 

  • Erva de São João.

Nome científico: Hypericum perforatum

Nomes populares: erva-de-são-joão

Partes utilizadas: folhas e flores.

Utilização: seu uso característico é medicinal, mas também pode ser utilizada para fins decorativos.

- medicinal: a hipericina, princípio ativo da erva é um eficiente antidepressivo e em alguns países já vem sendo mais receitada do que a fluoxetina.

- caseira: é considerada eficiente para curar feridas na pele e queimaduras.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da erva.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da erva.

- magia: a erva, em algumas culturas, é considerada capaz de afastar maus espíritos.

Na ritualística: as flores podem ser usadas nas firmezas de Xangô e tanto flores como folhas podem ser usadas para banhos de harmonização, além de preparo de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Quebra Pedra.

Nome científico: Phyllanthus niruri.

Nomes populares: quebra-pedra, arrebenta-pedra, arranca-pedras, conami, erva-pombinha, filanto, fura-parede, quebra-panela.

Partes utilizadas: toda a planta.

Utilização: principalmente medicinal, além da ritualística de Umbanda e Candomblé.

- medicinal: considerada excelente diurético e elimina cálculos renais. Combate ácido úrico, anúria, ascite, artrite, beribéri, colecistite, derrame , diabete, sendo indicada ainda para afecções da urétra.

- caseira: seu uso caseiro se confunde com o medicinal, já que é consumido em forma de chá, com o fim de dissolver cálculos renais.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da erva.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da erva.

- magia: seu uso em magia se restringe à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: a erva pode ser utilizada na preparação de banhos de harmonização e também na elaboração de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Goiabeira.

Nome científico: Psidium guajava.

Nomes populares: araçá-guaçu, araçaíba, araçá-das-almas, araçá-mirim, araçauaçu, araçá-goiaba, goiaba, goiabeira-branca, goiabeira-vermelha, guaiaba, guaiava, guava, guiaba, mepera e pereira.

Partes utilizadas: folhas e frutos.

Utilização: tem utilizações medicinais, caseiras e culinárias. É uma fruta tropical e muito apreciada nas três Américas.

- medicinal: é usada para diarréias na infância. O chá, em bochechos e gargarejos, é usado para inflamações da boca e da garganta ou em lavagens de úlceras e na leucorréia

- caseira: além do consumo in natura, a goiaba ainda se presta a fazer sucos e doces, além do uso na tradicional medicina caseira sob a forma de chás.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da goiabeira.

- culinária: muito utilizada na preparação de doces (goiabada) e compotas

- magia: as utilizações da goiaba na magia se limitam àquelas da ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: O fruto pode ser usado nas firmezas de Xangô e as folhas podem ser usadas para banhos de harmonização e na preparação de amacis de cabeça e de guias.

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 ERVAS DE OXÓSSI:

São plantas regidas por Vênus, também ditas ervas venusianas. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva, se forem colhidas num dia de sexta-feira, preferencialmente dentro das horas planetárias do planeta  Vênus.

 

  • Funcho.

Nome científico: Foeniculum vulgare

Nomes populares: anis-doce, erva-doce, maratro ou finóquio

Partes utilizadas: folhas, frutos e sementes.

Utilização: tem utilização medicinal, culinária, caseira, cosmética (onde é usado na indústria de perfumaria) e mágica, além da utilização na preparação de algumas bebidas espirituosas.

- medicinal: é eficiente no tratamento de bronquite, asma, tosse renitente, flatulência intestinal, e prisão de ventre crônica. Muito usado nas cólicas de bebês.

- caseira: a utilização caseira está ligada à preparação de chás com finalidade medicinal e também à culinária, onde é muito usado como tempero.

- cosmética: o óleo essencial é muito utilizado na preparação de perfumes e principalmente de sabonetes.

- culinária: utilizado em várias partes do mundo, principalmente na preparação de doces em geral, devido a seu sabor e seu aroma, mas é também utilizado como condimento em alguns pratos salgados.

- magia: é uma planta utilizada em muitos rituais de magia, sempre com destinação voltada à proteção da saúde e à purificação energética.

Na ritualística: na ritualística de Umbanda o funcho se presta à preparação de banhos de harmonização e de purificação, sendo também utilizado na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Mil Folhas

Nome científico: Achillea Millefolium.

Nomes populares: mil folhas, aquileia, atroveran, botão de prata, erva carpinteira, erva das damas, pelo de carneiro, pestana de vênus, entre outros.

Partes utilizadas: flores, folhas, caules e rizomas.

Utilização: possui utilizações medicinais e culinárias, sendo que ambas se misturam à utilização caseira.

- medicinal: para uso interno contra a anorexia e em caso de problemas digestivos com espasmos, e para uso externo contra as inflamações. A mil-folhas é geralmente utilizada em forma de infusão.

- caseira: usada com funções medicinais em forma de chás e de emplastros, além de utilização como comida, misturada nas saladas.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética.

- culinária: utilizada em geral na preparação de saladas.

- magia: a utilização mágica se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: a mil folhas se presta a banhos de harmonização e à preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Malva Rosa

Nome científico: Alcea Rosea.

Nomes populares: malva rosa, alteia, alceia, malvaísco, malva real, malva da índia.

Partes utilizadas: flores, folhas e raízes.

Utilização: possui utilizações medicinais e caseiras, prestando-se principalmente à decoração.

- medicinal: indicada para inflamações do aparelho digestivo, e do aparelho respiratório, tosses, asma e inflamações da mucosa em geral.

- caseira: além da medicina caseira, onde é usada sob a forma de chás, a malva rosa, por sua beleza é muito apreciada na decoração, principalmente em jardins.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da malva rosa.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da malva rosa.

- magia: o uso da malva rosa na magia se restringe á ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: a flor pode ser normalmente usada para compor a firmeza de Oxóssi. Além disso, folhas e flores podem normalmente ser utilizadas na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Sete Sangrias

Nome científico: Cuphea carthagenensis.

Nomes populares: sete sangrias, guanxuma-vermelha, balsamona, chiagari, cuféa, erva-de-sangue.

Partes utilizadas: folhas.

Utilização: caseira e medicinal, sendo que ambas se confundem devido à utilização medicinal caseira.

- medicinal: é ótima para arteriosclerose, hipertensão arterial , colesterol alto , palpitações cardíacas. Também pode ser usada para eczemas, úlceras na pele, furúnculos, reumatismos, doenças venéreas. Quando é usada de forma prolongada, alivia e fortalece o coração, combate o colesterol e baixa a pressão.

- caseira: se restringe à preparação de chás ou infusões destinadas a aplicações terapêuticas para os fins medicinais acima.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético da sete sangrias.

- culinária: não foram encontrados relatos de uso culinário da sete sangrias.

- magia: o uso mágico se resume às aplicações na ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: pode ser utilizada para banhos de harmonização, ou ainda na preparação de amacis de cabeça, ou de guias.

 

  • Cravo de Defunto

Nome científico: Tagetes patula.

Nomes populares: cravo de defunto, botões-de-solteirão, cravo, cravo-francês, rosa-da-índia, tagetes e tagetes-anão.

Partes utilizadas: folhas e flores.

Utilização: medicinal, caseira, e paisagística

- medicinal: indicado para acne, para aliviar problemas pancreáticos e de ouvido, para angina, para aumentar a resistência imunológica, para bronquite, para cólicas uterinas, espasmo, furúnculo, dores reumáticas, para melhorar o apetite, para prisão de ventre, resfriado e reumatismo.

- caseira: além dos usos medicinais, quando é utilizado sob a forma de chá, é usado ainda para espantar insetos (pulgões, formigas) e também com função decorativa.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética do cravo de defunto.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária do cravo de defunto.

- magia: usado em muitos rituais mágicos diferentes, está associado em alguns casos à constância e dedicação afetiva e em outros simboliza sofrimento e crueldade.

Na ritualística: as flores podem compor a firmeza de Oxóssi e as folhas, assim como as flores podem ser usadas em banhos, ou na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Aroeira.

Nome científico: Schinus Terebinthifolia (apenas uma das inúmeras espécies “Schinus” que, no Brasil, são conhecidas como aroeira.

Nomes populares: aroeira-mansa, aroeira-vermelha, aroeira-precoce, aroeira-pimenteira, aroeira-do-sertão.

Partes utilizadas: casca, folhas, sementes e frutos.

Utilização: tem utilizações medicinais, caseiras, culinárias e em curtumes de couro.

- medicinal: é reconhecida como eficiente no tratamento de febre, uretrite, diarreia, blenorragia, tosse, bronquite, cistite, reumatismo, íngua, gastrite, dor-de-dente, gota, ciática e azia,

- caseira: sua utilização caseira está ligada aos usos medicinais e também na culinária.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético da aroeira.

- culinária: seus frutos são muito utilizados como condimento, devido ao seu leve sabor picante, sendo especialmente indicada para a preparação de molhos para a preparação de carnes, aves e peixes.

- magia: a aroeira é indicada para afastar energias negativas, por algumas correntes mágicas, além de ser utilizada na ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: suas folhas e flores podem ser empregadas para a preparação de banhos e de amacis de cabeça e de guias. Os frutos podem também compor as firmezas de Oxóssi..

 

  • Gervão Roxo

Nome científico: Stachytarpheta cayennensis.

Nomes populares: gervão-roxo, gervão-azul, chá-do-brasil ou verônica.

Partes utilizadas: folhas e raízes.

Utilização: apresenta utilizações medicinais, caseiras e mágicas.

- medicinal: por suas propriedades, o gervão roxo é indicado no tratamento de amebíase, afecções renais e gástricas, bronquite, cefaléia, contusão, debilidade orgânica, distúrbio nervoso, eczema, erisipela, ferida, fígado, furúnculo, hepatite, inchaço do baço, inseticida, machucadura, prisão-de-ventre, rouquidão, resfriado, úlceras, tumores, vitiligo.

- caseira: a utilização caseira se liga aos usos medicinais, onde são feitos chás da planta, além do uso decorativo em jardins, já que a planta produz flores de aspecto agradável.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético do gervão roxo.

- culinária: não foram encontrados relatos de uso culinário do gervão roxo.

- magia: o uso mágico do gervão roxo se restringe às ritualísticas da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: as folhas podem ser utilizadas na preparação de banhos ou amacis de cabeça e de guias e as flores podem compor as firmezas de Oxóssi.

 

  • Cipó Caboclo

Nome científico: Davilla rugosa

Nomes populares: capa-homem, cipó-capa-homem, cipó-de-caboclo, cipó-de-carijó, cipó-vermelho, folha-de-lixa, Lixa, lixeirinha, muiraqueteca, muirateteca, muraqueteca, sambaíba sambaibinha.

Partes utilizadas: cipó e folhas

Utilização: possui utilizações medicinais e caseiras.

- medicinal: suas indicações terapêuticas são como Estimulante, depurativo e afrodisíaco além de também ser indicado como efetivo no tratamento de icterícia.

- caseira: a utilização caseira está ligada aos usos medicinais, através da produção de chás, além do uso com função decorativa em jardins.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético do cipó caboclo.

- culinária: não foram encontrados relatos de uso culinário do cipó caboclo.

- magia: seu uso mágico se restringe às ritualísticas da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: as folhas e o cipó podem ser usados na preparação de banhos e também de amacis de cabeças e de guias.

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ERVAS DE OBALUAÊ:

São plantas regidas por Saturno, também ditas ervas saturninas. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva, se forem colhidas num dia de sábado, preferencialmente dentro das horas planetárias do planeta Saturno.


  • Assa-peixe.

Nome científico: Vernonia polyanthes.

Nomes populares: assa-peixe-branco, cambará-branco, cambará-guaçú, cambará-guassú, chamarrita.

Partes utilizadas: folhas e raiz.

Utilização: medicinal, caseira, culinária e mágica.

- medicinal: o assa-peixe é indicado como fitoterápico no tratamento de afecções da pele, afecções do útero, asma, bronquite, cálculos renais, contusões, diabete, dor muscular, gripe pulmonar, hemorroidas, litíase, pneumonia, pontadas nas costas e no peito, resfriado, reumatismo,  tosse rebelde, traqueobronquites.

- caseira: sua utilização caseira está ligada aos usos medicinais, sob a forma de chás, ao uso culinário e também ao paisagismo, uma vez que, muito florido, se presta excelentemente ao embelezamento de jardins.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético do assa-peixe.

- culinária: as folhas do assa-peixe são comumente usadas na preparação de diversos tipos de prato, inclusive deve-se destacar que, depois de aquecidas, essas folhas adquirem a forma de peixe frito, donde provem o nome da erva.

- magia: por se tratar de uma planta nativa do Brasil, o uso mágico do assa-peixe se restringe à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: folhas e flores podem ser usadas na preparação de banhos de harmonização e também de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Babosa

Nome científico: Aloe arborescens

Nomes populares: aloé, alóe-candelabro, babosa-de-arbusto, erva-babosa, erva de azebra, caraguatá, caraguatá-de-jardim.

Partes utilizadas: folhas (a polpa e a seiva)

Utilização: medicinal, cosmética, caseira e mágica

- medicinal: a babosa é indicada como remédio em casos de afecções biliares, afonia, alergias, alopecia seborreica, amidalite, anemia, anorexia, arteriosclerose, artrite, artrose, asma, atonia gástrica, bexiga (infecções), bronquite, bursite, cãibras musculares, cistite, coceira, constipação crônica, colite, congestão intestinal, contusões, cortes, depressão, acne, dermatite, eczemas, feridas, desânimo, diabetes, disenteria, dispepsia atônica, distensão, doenças das gengivas e dos olhos, dores (dente, cabeça, estômago, muscular, articulação, reumática), eczemas, erisipelas, edema, enterite, esclerose múltipla, esgotamento, esterilidade (devido a ciclos anovulatórios), exantema, febre (em ulcerações causadas pelo frio), feridas venéreas, ferimentos, baixo fluxo menstrual, fungicida, furúnculos, gangrena, glaucoma, gota, gripe, halitose, hemorróidas, hepatite, herpes genital, herpes zoster, hipertensão, icterícia, infecções da bexiga e dos rins, inflamações, insônia, insuficiência arterial, irritação bucal, laringite, lepra, leucemia, lupus, luxações, manchas congênitas, manchas na pele, manchas senis, mãos ásperas, meningite, miopia, náuseas de todo tipo, obesidade, oftalmias, otite, parasitos intestinais, pé-de-atleta, peles flácidas, pele seca, picada de cobra, picadas de insetos, preventivo de rugas, prisão de ventre, problemas do pâncreas, prostatite, psoríase, queda de cabelos, queimaduras, queratose folicular, rachaduras nos mamilos, resfriados, retites hemorroidais, reumatismo, rins, sapinho, sinusite, tendinite, torceduras, torcicolos, tosses, tracoma, tuberculose, úlcera do duodeno, úlcera péptica, úlceras em geral, úlcera nas pernas, unhas encravadas, urticária, vaginite, varizes, verminose, vírus de Epstein.

- caseira: utilização nos casos medicinais e cosméticos, sob a forma de emplastros, ou chás. Recentemente se passou a produzir sucos para tratamento de câncer (sem qualquer comprovação científica).

- cosmética: já há muitas décadas a babosa é utilizada na fórmula de shampoos e sabonetes, por suas propriedades capilares e dermatológicas.

- culinária: não foram encontrados relatos do uso culinário da babosa.

- magia: é utilizada em diversos ritos de magia, sendo que se acredita ser eficiente em qualquer tipo de trabalho de magia branca. Não há indicações específicas, a babosa serve para tudo.

Na ritualística: na ritualística de Umbanda pode ser utilizada para a preparação de banhos e amacis de cabeça e de guias.

 

  • Sabugueiro

Nome científico: Sambucus nigra

Nomes populares: sabugueiro-da-europa, sabugueirinho, sabugueiro-negro, sabugueiro.

Partes utilizadas: folhas, flores, frutos e casca

Utilização: medicinal, cosmética, caseira, culinária e mágica.

- medicinal: O sabugueiro fomenta a formação-de urina, suor e leite, o que se deve à presença do óleo essencial. Também é recomendado para tratamento de resfriados, rouquidão, tosse, espirros, catarros do peito e bronquial, dores dos molares, nevralgias, dores de ouvidos e de cabeça e inflamação da laringe e da garganta.

O cozimento de folhas, raízes e cascas frescas e verdes que se encontram debaixo da casca exterior, atua energicamente na expulsão de água e melhora extraordinariamente a secreção de sucos gástricos, embora provoque vômitos, se se tomar em grandes doses. Só se deve consumir uma xícara diária (com uma colher das de sopa cheia de infusão) no caso de catarro gástrico crônico, doenças de urina e hidropisia.

Por suas características depurativas de sangue, hematopoética, diurética e sudorífera, as bagas são valiosas e o seu xarope é próprio para fazer uma cura de limpeza do sangue. Também limpará todos os restantes órgãos. Por causa do elevado conteúdo de vitamina B, não há que ficar surpreendido com o êxito dos seus sucos nas inflamações do sistema nervoso.

As bagas secas são um remédio excelente contra a diarreia: mastigar dez bagas, três vezes por dia.

O efeito sudorífero das flores de sabugueiro fica reforçado com uma metade de flor de tília e  duas colherinhas de suco de limão.

- caseira: O uso caseiro se liga às utilizações medicinais – sob a forma de chás e infusões – e também ao uso culinário, além da decoração que pode ser feita utilizando-se as flores da planta.

- cosmética: é usado na composição de cremes para pele, principalmente na prevenção de rugas, além de loções tônicas, loções para os olhos, entre outros.

- culinária: o fruto do sabugueiro é excelente para a preparação de doces, compotas, geleias e também para sucos.

- magia: há inúmeros usos mágicos do sabugueiro, principalmente porque a planta existe no mundo todo, mas sabe-se, com certeza, que a planta é um poderoso energético, podendo trazer ânimo para o corpo e também para o espírito. Além disso, o chá da flor é considerado um excelente purificador de ambientes, pois afasta energias deletérias, limpa a aura e estimula a criatividade.

Na ritualística: as folhas do sabugueiro (e também as flores) podem ser usadas para a confecção de amacis de cabeça e de guias. Os frutos e as flores podem compor a firmeza de Obaluaê.

 

  • Mamona

Nome científico: Ricinus communis

Nomes populares: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.

Partes utilizadas: folhas, frutos e sementes.

Utilização: medicinal, caseira, cosmética, industrial e mágica.

- medicinal: da semente da mamona é extraído o óleo de rícino, tido como um excelente laxante, usado em casos de prisão de ventre ocasional, mas desaconselhado para o uso prolongado, pois pode vir a causar anorexia e outros distúrbios digestivos. É aconselhável, ainda, que se faça o uso do remédio produzido pelas indústrias, ou por farmácias de manipulação, nunca tentar fazer o próprio remédio, pois a semente possui princípio ativo que pode ser letal se não for manipulado de forma correta.

- caseira: o uso caseiro, em algumas regiões do Brasil, se caracterizou sempre pela prensagem da semente, com o objetivo de se obter o óleo para ser usado como laxante. Temos essa prática como absolutamente desaconselhável.

- cosmética: a indústria cosmética utiliza o óleo de mamona sob o nome de castor oil, para a produção de cremes, pomadas e loções destinadas aos cuidados com a pele.

- culinária: não foram encontrados registros de utilização culinária da mamona.

- magia: na magia, seu uso está restrito à ritualística de Umbanda e Candomblé.

Na ritualística: as folhas da mamona podem ser utilizadas na preparação de amacis de cabeça e de guias, bem como seus frutos podem ser utilizados na firmeza de Obaluaê.

Obs.: A semente da mamona segrega um princípio ativo chamado ricina. Trata-se de uma toxina que é um poderoso veneno, conhecido no mundo todo. Por essa razão, é desaconselhável a manipulação caseira da mamona, principalmente das sementes. É sabido que a ingestão de três sementes pode matar uma criança e a de oito sementes pode matar um adulto, por isso, todo cuidado deve ser tomado quando da utilização dessa planta.

 

  • Manjericão Roxo

Nome científico: Ocimun purpuraceus

Nomes populares: manjericão roxo, alfavaca roxa.

Partes utilizadas: folhas.

Utilização: medicinal, caseira, culinária, mágica.

- medicinal: o chá de suas folhas produz um sedativo natural de ótima qualidade. Além disso, é também indicado para tratar de enjôos, vômitos e dor de estômago. Além disso, o manjericão roxo também possui propriedades repelentes de insetos, caso em que a presença da planta, simplesmente já é suficiente.

- caseira: a utilização caseira da planta se refere principalmente aos usos medicinais (sob a forma de chá) e aos usos culinários, onde a folha é utilizada como tempero. Além disso, não se pode deixar de citar o uso como embelezamento em jardins, já que a coloração da planta produz um efeito bastante agradável.

- cosmética: não foram encontrados registros de utilização cosmética do manjericão roxo.

- culinária: o uso culinário do manjericão roxo está ligado principalmente à função de tempero, onde ele é largamente utilizado na preparação de massas, carnes e peixes, mas também se pode destacar o uso das folhas em saladas.

- magia: sua utilização mágica é ampla, começando na Índia, onde a planta é considerada sagrada, passando pelas crenças de diversos países, principalmente os países mediterrâneos. Cita-se, ainda, obviamente, a sua utilização na ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: na Umbanda, seu uso está ligado à preparação de banhos de purificação e ainda à preparação de amacis de cabeça e de guias. Suas folhas também podem compor a firmeza de Obaluaê.

 

  • Erva de Passarinho

Nome científico: Struthanthus flexicaulis

Nomes populares: erva de passarinho

Partes utilizadas: folhas

Utilização: medicinal, caseira e mágica.

- medicinal: o princípio ativo presente na planta tem sido usado como um antibiótico eficaz principalmente contra bactérias que atingem o sistema respiratório. Suas indicações mais conhecidas até agora são contra bronquite, hemoptise, dor no peito, pneumonia, pleurisia e ainda em hemorragias e doenças do útero.

- caseira: a utilização caseira está ligada a suas propriedades medicinais, sendo preparado o suco das folhas frescas da planta.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: a utilização mágica está restrita à ritualística de Umbanda e Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, as folhas da erva de passarinho podem se usadas em banhos de harmonização e na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Canela-de-Velho

Nome científico: Cenostigma macrophyllum

Nomes populares: Canela-de-velho; fava-do-campo; maraximbé

Partes utilizadas: folhas, caule e casca

Utilização: medicinal, caseira e mágica.

- medicinal: são inúmeros os usos medicinais da canela-de-velho, inclusive a planta é uma das que mais vem sendo estudada com o objetivo de extrair os princípios ativos para inúmeras afecções. Contudo, os usos já consagrados se relacionam à cura de doenças das articulações, como artrite, artrose, bursite, reumatismos em geral.

- caseira: a utilização caseira está ligada ao uso medicinal. A planta é utilizada sob a forma de chás, tanto para ingestão, como para banho do local afetado.

- cosmética: não foram encontrados relatos de uso cosmético da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de uso culinário da planta.

- magia: os usos mágicos se restringem à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: na Umbanda, as folhas podem se usadas para a preparação de banhos de harmonização e de purificação, bem como para a preparação de amacis de guias e de cabeça.

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ERVAS DE YEMANJÁ

São plantas regidas pela Lua, também ditas plantas lunares. Sua utilização em trabalhos de magia será mais efetiva se forem colhidas numa segunda-feira, de preferência dentro das horas planetárias da Lua.

 

  • Lágrima de Nossa Senhora.

Nome científico: Coix lacryma-jobi L

Nomes populares: apiá, capim-de-nossa-senhora, capim-de-contas, capim-miçanga, capim-missanga, capim-rosário, conta-de-lágrimas, contas-de-nossa-senhora, contas, lágrimas-de-jó, lágrimas-de-cristo, lágrimas-de-São-Pedro, rosário,

Partes utilizadas: folhas, rizomas e sementes

Utilização:

- medicinal: muito usada na medicina caseira no tratamento de abcesso pulmonar, acrodinia, afecções catarrais, apendicite, beribéri, disúria, edema, enterite crônica, espasmos musculares, espasmos bronquiais, excitação nervosa, febres, fortalecer, inchaço, hiperglicemia, litíases urinárias, lombalgia, males dos rins, pneumonia lombar, reumatismo

- caseira: a utilização caseira da planta se restringe aos usos medicinais, através da preparação de chás. As sementes também são muito utilizadas para a confecção de colares para enfeite feminino.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: o uso mágico está ligado às crenças de algumas tribos indígenas brasileiras que utilizam adornos das sementes para trazer energias positivas e espantar os maus espíritos; além, é claro de seu uso na ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: as folhas são usadas para banhos de purificação e de elevação e ainda na preparação de amacis de cabeça e de guias. Além disso, as sementes são bastante usadas na confecção de guias.

 

  • Pata-de-vaca

Nome científico: Bauhinia forficata Link

Nomes populares: árvore orquídea, bauínia, capa-bode, casco-de-vaca, casco-de-burro, ceroula de homem, miriró, mirorá, miroró, mororó, mororó-de-espinho, pata-de-boi, pata-de-burro, pata-de-vaca-branca, pata-de-veado, pé-de-boi, unha-de-anta, unha-de-boi, unha-de-boi-de-espinho, unha-de-vaca e unha-de-veado

Partes utilizadas: cascas, folhas, flores, lenho, raízes.

Utilização:

- medicinal: afecções renais e urinárias, calmante (estados nervosos), catarro, colesterol, constipação intestinal, diarréias, diabete melitus II (para o pâncreas produzir mais insulina), elefantíase, gripe, impedir o aparecimento de açúcar na urina, insuficiência urinária, males do estômago, moléstias da pele, mordidas de cobra, prisão de ventre, parasitoses intestinais, regularização da glicemia sanguínea, redução da excreção de urina, nos casos de poliúria ou urina solta, rins.

- caseira: cinge-se à preparação de chás medicinais para as aplicações terapêuticas da planta.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: seu uso mágico está ligado à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Picão-do-mato

Nome científico: Bidens pilosa

Nomes populares: amor de burro, amor seco, carrapicho, carrapicho agulha, carrapicho cuambu, carrapicho de duas pontas, carrapicho picão, coambi, cuambri, cuambú, erva de picão, erva pilão, fura capa, goambú, macela do campo, paconca, picão, picacho, picacho negro, picão do campo, pico pico, piolho de padre. 

Partes utilizadas: toda a planta.

Utilização:

- medicinal: Para combater icterícia e hepatite. Tanto para uso interno, como para banhos. Indicada ainda em casos de abscessos, cólicas, conjuntivite, diabetes, dor de cabeça, dor de dente, escorbuto, afecções cutâneas, cura aftas, amigdalite, disenteria e hemorróida.

- caseira: a utilização caseira cinge-se à preparação dos chás e banhos para uso medicinal

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Açucena

Nome científico: Hippeastrum hybridum

Nomes populares: Açucena, amarílis, flor-da-imperatriz

Partes utilizadas: folhas e flores

Utilização:

- medicinal: não foram encontrados relatos de uso medicinal da planta.

- caseira: apenas ornamental, pois as flores são exóticas e muito bonitas.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: Em Umbanda a flor pode ser utilizada para a preparação de amacis de guias.

Obs.: a flor é muito tóxica, podendo sua ingestão causar severa desordem gastrintestinal, convulsões, calafrios, hipotensão, dermatite, tremores musculares e arritmias cardíacas, podendo até causar morte

 

  • Chapéu-de-couro

 Nome científico: Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli.

Nomes populares: aguapé, chá-de-campanha, chá-de-mineiro, chá-do-pobre, congonha-do-brejo, erva-de-bugre, erva-do-brejo, erva-do-pântano.

Partes utilizadas: folhas

Utilização:

- medicinal: indicada no tratamento de ácido úrico, afecções das vias urinárias (litíase, nefrite, etc.); afecções do fígado, afecção do estômago, arteriosclerose, artrite, bexiga, bócio, colesterol, convalescença, debilidade orgânica, dermatoses, doenças renais, dores nas juntas, edemas, erupções cutâneas, fígado, furúnculo, gota, hérnia, hidrofobia, hidropsia, impurezas do sangue, infecções das vias respiratórias, inflamações da garganta, litíase, lumbago, manchas, moléstias da pele, nefrite, pele (mancha, dermatose), picadas de cobra, pressão alta, prisão de ventre, reumatismo, rins, sarna, sífilis, úlceras, vesícula, vitiligo.

- caseira: na preparação dos chás terapêuticos e também com função decorativa.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Oriri

Nome científico: Monnieria trifolia L.

Nomes populares: alfavaca-brava, jaborandi-do-Pará, jaborandi-de-três-folhas, jaborandi-falso, Oriri.

Partes utilizadas: folhas.

Utilização:

- medicinal: é indicada no tratamento de ardor na micção, cólica, diabete, envenenamento de cobra, febre, hérnias, reumatismo.

- caseira: na preparação dos chás terapêuticos.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: : o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Mastruz.

Nome científico: Chenopodium ambrosioides L.

Nomes populares: ambrosina, ambrisina, ambrósia, ambrósia-do-méxico, anserina-vermífuga, anserina-vermes, apazote, canudo, caacica, canudo, chá-da-espanha, chá-do-méxico, chá-dos-jesuítas, cravinho-do-campo, cravinho-do-mato, erva-mata-pulgas, erva-das-cobras, erva-formigueira, erva-vomiqueira, erva-das-lombrigas, erva-de-bicho, erva-embrósia, erva-pomba-rota, erva-do-méxico, erva-formiga, erva-lombrigueira, erva-pomba-rola, erva-santa, lombrigueira, mastruço, mastruz, matruço, mata-cabra, mata-cobra, matruz, menstruço, mentrasto, mentraz, mentrei, mentrusto, mentruz, menstruz, pacote, quenopódio, trevo-de-santa-luzia, uzaidela.

Partes utilizadas: folhas e frutos

Utilização:

- medicinal: é indicada no tratamento de angina, asmas, aumentar a transpiração, bronquite, cãibras, catarro bronquial, cicatrização, circulação, contusões, estômago, fraturas, fortificante dos pulmões, fungos de solo, gripe, hemorragia interna, hemorróidas, infecção pulmonar,  laringites, má circulação, parasitas do intestino em geral (principalmente ascárides, nemátodas, oxiúros), pé-de-atleta, picadas de insetos, relaxar espasmos, tosse, tuberculose, varizes, vias respiratórias.

- caseira: ligada à preparação para os usos medicinais e às aplicações culinárias.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: embora pouco se saiba sobre isso no Brasil, o mastruz é muito apreciado como erva aromática no México e em países do Caribe, por isso, suas aplicações culinárias estão ligadas ao tempero e à preparação de saladas.

- magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

 

  • Pariparoba

Nome científico: Piper umbellatum.

Nomes populares: aguaxima,  caapeba, caá-peuá, caena, capeba, capeba-do-campo, capeba-do-norte, catajé, lençol-de-santa-barbara, malvarisco, manjerioba, pariparoba, pariparoba do mato, pariparova, periparoba.

Partes utilizadas: folhas, raízes, casca e sementes.

Utilização:

- medicinal: é indicada para afecção do fígado e baço, anemia, atonia do estômago, azia, digestão, distúrbio renal, erisipelas, escrofulose, febre, fermentação intestinal, furúnculo, gastralgia, hepatite, ingurgitamento do fígado e do baço, lavar ferida, malária, moléstias crônica do fígado, prisão de ventre, resfriados, reumatismo, tumor.

- caseira: preparação dos remédios.

- cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.

- culinária: não foram encontrados relatos de utilização culinária da planta.

- magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.

Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.

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